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Sustentabilidade e criatividade - Semana de moda de Londres

As mudanças geradas na sociedade pelo ano de 2020 são inúmeras, e assimilaremos a profundidade delas com o passar do tempo. O que esperar? Segundo Caroline Rush, diretora executiva da British Fashion Council, agora, mais do que nunca, sustentabilidade e criatividade serão palavras de ordem.


A semana de moda londrina, até então, era divida em duas partes. Junho era o momento em que se apresentava as coleções masculinas e em setembro as femininas, entretanto tudo mudou!



Em junho deste ano e nos últimos dias de setembro, quando foi apresentada a edição mais recente da London Fashion Week, essa divisão de gênero não aconteceu mais. Além do formato genderless, as duas temporadas foram completamente digitais.


Vamos aos destaques:


Bethany Williams


Bethany Williams é uma estilista irlandesa que ingressa no mercado da moda sendo premiada com prêmios de grande renome e muito celebrados, o Queen Elizabeth II e o da LVHM.


A marca acredita na sustentabilidade e em práticas sociais nos seus posicionamentos e produção de peças. A Clique Fashion tem falado sobre moda sustentável, confira outros posts do nosso blog.


A coleção nasce inspirada por um projeto social que a própria designer integra desde 2019.



A organização Magpie cuida de mães e crianças imigrantes em vulnerabilidade social. O número de crianças nesta situação chega a 100.000 no Reino Unido.



É importante dizer que 20% da arrecadação da receita de vendas é revertida para o projeto, como já acontece desde o início da grife.


Os desenhos que compõe as estampas da coleção foram feitos pelas crianças da iniciativa Magpie.


Molly Goddard


A estilista Molly Goddard passou por um período de reflexão conflitante durante o tempo em que esteve cumprindo a quarentena em Londres.



Molly estava inclinada a seguir um mood mais tranquilo e sóbrio para essa temporada, pensando que assim respeitaria o pesar causado pela pandemia, mas como podemos ver, o caminho escolhido foi o contrário.


“Eu espero fazer as pessoas felizes”, foi esse o desejo da designer ao decidir criar uma coleção colorida e volumosa. Ela acredita que a moda é um ambiente segura para escapismos necessários e auxiliadores para o enfrentamento de momentos difíceis, como pelo qual estamos passando.



Sobre a sua inspiração para criar esse universo colorido, ela disse: ''Sempre fui obcecada pela coleção de arte de Villa Menafoglio Litta de Giuseppe e Giovanna Panza. Anos atrás, encontrei imagens deles sentados em sua ornamentada vila italiana na década de 1950, cercados por vestidos de papel maché Claes Oldenburg e Yves Klein. Eu amo as texturas e o contraste entre a bagunça moderna e as linhas tradicionais.”


Vivienne Westwood


Vivienne Westwood se reinventa constantemente em seu próprio estilo e permanece sendo extremamente relevante e com um espírito jovem e contemporâneo.


Seguindo no caminho para ser uma grife mais sustentável, Westwood afirma que desfilar uma coleção por ano é o suficiente dentro desta mentalidade da sustentabilidade, e assim sublinha seu posicionamento.



Uma característica que notamos nesta temporada na marca é o conceito genderless, citado anteriormente, seja nos acessórios ou nas próprias peças de roupa, o que é masculino ou feminino tem os seus limites bem esfumaçados.



Outro ponto notável é o quanto a coleção lembra a estilista em suas criações durante os anos 90, mas os looks de modo algum parecem evocar qualquer tipo de nostalgia.


Esses foram os nossos destaques da semana de moda de Londres, você tem os seus? Conte para gente! Uma outras coisa que queremos saber: os fashion films vieram para ficaram? Você acha esse um bom formato? Vamos conversar!






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